quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Anônimos: o que fazer com eles?

anônimo1 Eu não sou muito de dedicar postagens inteiras aos anônimos que aparecem por aqui, muito menos de publicar seus comentários (a menos que sejam assinados, e ainda assim com reservas), mas agora me irritei de verdade. Quer dizer, já faz um tempo que ando irritado com alguns que rondam a área, mas essa foi a gota d’água. Comparo a situação com aquele cartão amarelo que o jogador de futebol recebe não tanto pela gravidade da falta que ele acabou de cometer, e sim pela sequência de infrações anteriores. Nesse caso, estou me colocando no lugar da canela do adversário.

Publiquei um texto em meu outro blog, o 5 Calvinistas (com quem divido com quatro amigos), cujo título é “Diga NÃO ao ‘karlvinismo!’”. O texto é tão curto que vou reproduzi-lo na íntegra:

Provavelmente você nunca ouviu esse termo antes, mas certamente já deve ter encontrado algum “karlvinista” por aí. Que bicho é esse? Bem, é uma mistura de Karl Marx com Calvino; ou, como queiram, de protestantismo reformado com socialismo. Que existem protestantes que abraçam os ideiais socialistas todo mundo sabe (preciso citar exemplos?), mas que existem calvinistas comunistas é algo mais difícil de imaginar. Mas o fato é que os tais existem, sim. Eles defendem ao mesmo tempo a soberania de Deus e a do Estado (mas se o cerco apertar ele fica com o Estado), e estão prestes a dar as caras agora, em tempos de eleições. Quem sabe algum apareça por aqui.

Eu, pessoalmente, digo “NÃO!” ao karlvinismo. E você?

Para minha ingrata surpresa, o primeiro comentário que recebi foi justamente de um deles: um anônimo! A “profecia” da última frase do primeiro parágrafo da minha postagem (“quem sabe algum apareça por aqui”) se cumpriu, embora eu não saiba se o tal anônimo é mesmo um karlvinista. Antes fosse mesmo um karlvinista devidamente identificado, com profile e tudo o mais, mas um anônimo? Ninguém merece! Seu comentário foi o que se segue:

Eu digo não a qualquer partidarismo travestido de piedade, inclusive o do texto acima.

Sinceramente, não sei por que esses anônimos tem tanto medo de se identificar. Será que eles acham mesmo que os calvinistas são terroristas? Acho que não. O fato é que eles são covardes mesmo. Não dão a cara a tapas. Não querem debater, mas somente alfinetar – e de longe. Confesso que já recebi comentários bem mais beligerantes do que este. Mas, como falei, o cartão amarelo (ou seria logo o vermelho?) é mais pela sequência de faltas mesmo. [Caro anônimo, não se sinta um “bode expiatório” por isso, tá?]

O mais interessante é que ele vem questionar a minha piedade, justamente ele, um sem-identidade; um mero agitador. Os anônimos fazem isso para demonstar às pessoas que são “pacíficos” e “piedosos”, angariando a simpatia dos desavisados. Qual é a ideia? Jogar mais uma pá de cal? Botar mais lenha na fogueira e cair fora? Notem que ele não usou argumentos para me refutar, mas somente a crítica pela crítica, e só. Como falei anteriormente, antes fosse ele de fato um karlvinista, ou até mesmo um ateu, porque pelo menos debateríamos ideias. Mas os anônimos parecem não ser mesmo capazes disso, de dizer o porquê discordam das coisas. Ora, quando se discorda de alguém o mínimo que se deve fazer é justificar a discordância pela argumentação, ainda que breve. Mas os anônimos não. Eles não tem muito o que argumentar, porque, visto que não tem personalidade, consequentemente parecem não raciocinar bem.

Não tenho mais nada a falar, mas aos anônimos só digo uma coisa: podem comentar à vontade, mas não publicarei seus desaforos. Não vou dar essa moral para vocês. E também não tratarei vocês como irmãos em Cristo, visto que suas atitudes não o demonstram. Se querem dialogar, criem pelo menos um profile, ora essa! E que não seja fake, por favor – já me basta a “fé” que vocês parecem possuir.

Sem mais palavras,

Leonardo Galdino.

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6 comentários:

Heitor Alves disse...

Bruno,

Excelente texto. Expressa exatamente minhas impressões dos anônimos. São covardes, pois criticam a fé dos outros sem serem identificados.

Eles adoram criticar os outros, mas não suportam serem criticados. São pessoas sem nenhum argumento que utilizam de artifícios de baixo nível para nos constranger. É o que você fala "a crítica pela crítica, e só".

Bruno, a "glória" dos derrotados é atacar a honra, a pessoa, o caráter e a moral. Esses artifícios só são utilizados quando seus argumentos não servem mais para nada. É quando eles ficam desesperados! O debate de idéias passa para as agressões verbais e até físicas! É aí que os tais "anônimos" aparecem.

Os anônimos não trazem nada para a edificação. Só acusações e ataques. Não justifica sua fé; apenas falam dos outros.

belíssimo, excelente. fantástico sua postagem!!!

Abraços.

PS.: Quando vens a Recife??

Cristão Reformado disse...

Pois é Leo,

Também tenho bronca dos anonimos, por isso sequer permito que comentem em meu blog. Como você disse "é apenas crítica pela crítica".

Ednaldo.

Sandro disse...

Leonardo.

Graça e paz, sempre!
Primeiro quero parabenizá-lo por este (pois ainda não li os outros) blog.
Quero concordar com seu post ""Algumas certezas, muitas dúvidas” – Sobre a fé inc..." e me fazer um contigo em sua resposta ao comentário deixado por "A tua Palavra é a Verdade" cujo autor é o Sr. Iveraldo (salvo engano, por não estar claro no blog do mesmo). De qualquer forma gostaria de anunciar seu blog no meu. Tens um código de banner do seu blog?

Nele, que nos ensinou a compartilhar.

Sandro
http://oreinoemnos.blogspot.com/

Leonardo Bruno Galdino disse...

Heitor,

Acho que sem querer comecei uma "série" sobre os anônimos (rsrsrs!). Certamente, muitas águas ainda vão rolar.

Não sei se irei a Recife este ano, meu caro. Minhas férias estão para outubro. Mas vou mexer os pauzinhos por aqui pra ver se consigo mudar pra dezembro.

Grande abraço, amigo!

Leonardo Bruno Galdino disse...

Ednaldo,

Se eles pelo menos argumentassem... mas nem isso fazem! Aí fica difícil ser diplomático, não achas? E olha que eu tive que amenizar no último parágrafo, pois o que estava no prelo era bem mais ácido. Vou manter a minha política de não publicá-los, ainda que de vez em quando eu escreva algum post em "homenagem" a eles (rsrs!).

Prazer em tê-lo por aqui de novo, camarada!

Abraços!

Leonardo Bruno Galdino disse...

Sandro,

1. O Sr. Iveraldo (se é este mesmo seu nome), como eu disse, tomou mais as dores por Ricardo Gondim do que refutou o que escrevi propriamente dito.

2. Não tenho o código do banner, infelizmente (como faço para obtê-lo? rsrsrs!).

3. Visitei o seu blog. Parabéns!

4. Abraços!

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