segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Quando os pastores caem e as ovelhas não veem

queda1Pior do que a queda de um pastor é a cegueira daquelas ovelhas que ficam tentando mascarar o que aconteceu com conceitos suaves. Elas ainda o tem como seu herói, muito embora seu pecado tenha sido tão grosseiro a ponto de repercutir na sociedade como “algo inadmissível para alguém que se julga ministro do evangelho”. Sem querer desconsiderar outras causas, geralmente são os escândalos sexuais quem estão no pivô desse burburinho.

Quando se trata de adultério, geralmente o desprezo é maior. O pastor é logo tachado de “cafajeste”, e dificilmente terá o respeito de suas ovelhas novamente. “É um caso sem solução”, muitos asseveram. “Ele vivia ‘dando em cima’ das irmãs”, dizem nos corredores. Mas quando se trata de homossexualismo, por exemplo, a tendência é sempre acolher, principalmente entre os jovens. Não é interessante isso? E, quando chega um pastor novo para assumir a igreja, as comparações são inevitáveis, uma vez que “o pastor tal era mais divertido e dinâmico, enquanto que esse aí é muito enfandonho, antiquado e chato”!

Tal fato demonstra que a igreja (desta vez, não só a juventude) está imersa numa confusão ética sem precedentes – já não sabe mais fazer distinção entre o bem e o mal. É partidária, imatura. Vive a clamar pela libertação de Barrabás, tal qual a multidão incrédula perante Pilatos (Jo 18.40).

É óbvio que não estou defendendo, aqui, que o homossexualismo é pior do que o adultério, pois ambas as coisas são abomináveis diante de Deus. Ambas levam o pecador não-redimido ao inferno. O que me intriga, de fato, é ver que aqueles que se julgam imparciais e amorosos para com os pecadores são absolutamente (sim, absolutamente!) suspeitos.

Quando os pastores caem e as ovelhas não veem ambos caem no barranco (cf. Lc 6.39).

Soli Deo Gloria! 

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