quarta-feira, 25 de maio de 2011

“Hoje, o céu está mais interessante”…

Eduardo China 1Foi esta a mensagem que recebi hoje pelo celular sobre o falecimento de um grande amigo meu, o missionário Eduardo Luna (foto ao lado), que não resistiu às complicações renais contra as quais já lutava há anos. Fiquei muito abalado com a notícia que chegou assim, de supetão – como geralmente se dá –, mas logo aquiesci depois que me lembrei da glória que está reservada àqueles que entregam suas vidas ao Doador da Vida. Sim, hoje o céu está mais interessante (quem lê, entenda), embora não mais do que o céu que ainda virá…

“China” (como era mais conhecido) era não apenas um missionário, mas um incansável obreiro. Não obstante sua fragilidade física bastante notável (quão magro ele era!), sua alma anelava por ver acontecer a obra do Senhor. Devo confessar que nunca vi alguém tão frágil mas tão incansável na obra do Senhor quanto ele. Lembro com saudades dos tempos em que saíamos para evangelizar os perdidos em nosso bairro; das vezes em que fomos ao campo de Limoeiro, município do interior de Pernambuco, onde ele foi missionário por uns anos; e de quando nos reuníamos para louvar ao Senhor com singeleza de coração. Inclusive, ainda tenho em minha bíblia um manuscrito dele; na realidade, uma programação de culto que realizamos naquele campo. Também lembro com saudades das vezes em que fui visitá-lo no leito de um hospital (na realidade, visitei-o mais quando seu leito era domiciliar mesmo), pois ele sempre nos transmitia a confiança de alguém que sabia em Quem cria, e para onde iria caso não acordasse mais. Sim, nosso China era forte como um leão! E talvez seja essa a imagem mais marcante que ficará na memória daqueles que o conheceram: sua fé era contagiante!

Recentemente ele estava internado, mais uma vez. E, mais uma vez, todos esperavam que Deus o livrasse novamente. Mas isso não aconteceu, e o nosso Eduardo parte para a glória aos 36 anos de idade. Da última vez que o vi, seus cabelos já estavam ficando brancos devido à doença, que fazia com que seu corpo lhe aparentasse mais idade. Só fiquei sentido por não ter ido visitá-lo em minhas últimas férias (nossos últimos contatos foram pela internet). Lamento também o fato de eu não estar lá para ir ao seu enterro. Mas até nisso Deus é Consolador, visto que me trouxe à memória que o que importa é que os laços que me unem ao China são muito mais fortes do que um literal abraço. Devo me sentir feliz por isso, e muito mais por saber que ainda o verei num Lugar onde hemodiálises não serão mais necessárias; onde não haverá dor, ou choro, ou luto (cf. Ap 21.4). E isso graças Àquele que matou a morte: Jesus Cristo!

À família Luna e aos seus amigos os meus sinceros sentimentos. Oremos uns pelos outros, para que Deus continue nos dando forças. O Eduardo deixará saudades, é verdade. Mas bom é saber que saudade nenhuma é maior do que a convicção de que ele está bem, e muito bem. Afinal de contas, partir e estar com Cristo é infinitamente melhor (Fp 1.23).

Soli Deo Gloria!

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