terça-feira, 10 de novembro de 2015

Você não pode dominar o orgulho

Por Erik Raymond


Muitas vezes as pessoas se vangloriam e pensam que podem conter o pecado, particularmente o orgulho. Pensam que, ao invés de o pecado dominá-las, elas é que o dominam. Este tipo de pensamento manifesta um desastre anunciado. 

O orgulho não é algo para ser manipulado. Ele não é por você. Ele se opõe e destrói. 

Havia uma estória perturbadora aqui na região de Omaha. Um homem de 34 anos costumava andar para cima e para baixo em sua vizinhança exibindo a sua jiboia-constritora de 2 metros para os seus vizinhos. Muitas vezes ele deixava a cobra envolver os seus filhos e escorregar em seus trampolins. Gostava de exibi-la. 

Em uma dessas ocasiões, a cobra apertou o seu pescoço. Dentro de minutos ele estava sem fôlego, no chão, e pouco depois, morto. Seu “bichinho de estimação” tornou-se o seu assassino em matéria de segundos. Este homem superestimou a sua habilidade em dominar a cobra, enquanto subestimou o desejo desta em dominá-lo. 

Muitas vezes, o mesmo se dá com o pecado do orgulho. 

A sutil semente do orgulho cultiva um carvalho da auto-adoração no coração. Nabucodonosor não construiu uma estátua de 12 metros exigindo adoração no primeiro dia de reinado, mas no tempo que julgou oportuno fazê-lo. Foi a trilha gradual do orgulho. 

Salomão não consentiu com a adoração de falsos deuses no primeiro dia. No entanto, foi o lento vazar de idolatria e orgulho, quando seu coração apegou-se a mulheres estrangeiras, e a fama, que mudou a temperatura do culto de Israel, levando-os a um reino dividido.

Nem Judas vislumbra todas as ramificações do seu desejo por dinheiro e poder. Ele só se dá conta quando seu plano finalmente é materializado e a jiboia-constritora da culpa é apertada sobre ele. Ele foi vencido e arruinado. 

Foi o orgulho que incitou Satanás no jardim e induziu Eva a pecar. É o orgulho que sutilmente eleva o eu contra Deus; que tramou e consumou a morte de Jesus. 

O orgulho não é algo para ser levado levianamente, mas identificado e mortificado. Isto é, como cristãos, precisamos estar cientes da nossa susceptibilidade e ele, identificá-lo em nossos corações, e trabalhar ativamente para removê-lo por meio do arrependimento e fé em Cristo.

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Traduzido por Leonardo Bruno Galdino.
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