Na semana passada, mais precisamente na quinta-feira (17/09), o mundo ficou surpreso com a aparição de um animal bizarro, de aparência esquisita, encontrado por quatro adolescentes na localidade de Cerro Azul, no Panamá. Os adolescentes panamenhos disseram que mataram o bicho a pedradas porque temeram ser atacados pela criatura. Pela aparência descomunal e “alienígena” do bicho, as comparações a seres extraterrestres logo não demoraram a aparecer. As autoridades locais ainda não conseguiram identificar o “corpo”, descartando, com isso, todas as especulações circundantes. Porém, alguns biólogos já se antecipam dizendo que o bicho pode ser uma espécie de preguiça.
Fico impressionado como notícias sensacionalistas “bombam” na mídia com a única finalidade de serem desmentidas logo em seguida pelos especialistas de plantão (que tal o “Detetive Virtual” do Fantástico?). Mas, nesse caso do “ET do Panamá”, algo pode ser aproveitado a guisa de ilustração. Para fins didáticos, vou considerar a hipótese dos referidos biólogos como verídica para o que pretendo abordar (ainda que depois seja comprovado que se tratava de uma espécie em extinção. Nesse caso, terei de escrever algo sobre o Evolucionismo). Suponhamos que o bicho se trata mesmo de uma preguiça (lembrem-se: é uma ilustração, e, como tal, tem as suas limitações).
Há muitos crentes hoje que se desculpam de suas “preguiças” (usarei aspas quando for metafórico) atribuindo seus insucessos a uma conspiração maligna (o “ET”, nesse caso). Para os tais, sempre que um filho de Deus fracassa em algum empreendimento é porque a mão do inimigo está por trás. Nesse caso, é necessário passar por uma “sessão de descarrego” ou algo do gênero. Conheço crente que está até hoje desempregado porque fica somente orando em casa, esperando o empregador vir chamá-lo na porta. “Eu estou só vigiando e orando, irmão. E a Palavra diz que ‘Deus não rejeita oração’. A oração do justo pode muito em seus efeitos”. O interessante é que esse mesmo crente que cita de cor Tiago 5.16 (“a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” – ARC) é incapaz de lembrar-se de Provérbios 6.6: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio”; e mais: “Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?” (Pv 6.9). ABRE PARÊNTESE. Certo dia eu conversava com um irmão sobre uma situação hipotética que me ocorreu à mente. Ei-la: Conheço um irmão que estava muito desejoso de passar em um concurso público muito concorrido. Muito fervoroso, ele me falou que ia pedir umas orientações ao “apóstolo” fulano de tal, e perguntou o que eu achava da ideia. Eu lhe sugeri que, em vez de ficar correndo atrás do “apóstolo”, que ele consultasse a esposa deste: a apostila. FECHA PARÊNTESE.
Mas isso não é uma particularidade das ovelhas, não. Já ouvi muitos pastores se desculpando de suas “preguiças” ministeriais colocando a culpa nas circunstâncias. Não deu para visitar uma ovelha enferma porque o “diabo” (o “ET”) o enfermou também; não deu para preparar um sermão expositivo para o culto dominical porque “tive que atender a umas urgências” (que, geralmente, não eram mais urgentes do que a pregação). Tudo isso se explica porque hoje a maioria dos pastores se divide entre o ministério e mais um emaranhado de atividades extras, e não dão a devida prioridade ao rebanho que Deus lhes confiou. Essa é a causa, dentre outras, da pobreza dos púlpitos e do raquitismo do rebanho. Se não há tempo para preparar um sermão, então não há nutrição para as ovelhas. Só restam ao rebanho os fast-foods espirituais: contam-se duas ou três piadinhas, mais uma ilustração, uns chavões básicos (de preferência em voz gritante), e pronto. Tudo isso em vinte minutos, no máximo (e quando dá). Aliás, o fast-food é o prato favorito dos preguiçosos: não dá trabalho, é prático e é gostoso. Confesso que, todas as vezes em que não estou com muita coragem para preparar um prato mais salutar, lanço mão de um hambúrguer, no carrinho de lanche mais próximo, para não ter o trabalho de fazer em casa. Sei que não sou o único a fazer isso (“quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra”!). Mas, em se tratando de alimento espiritual, somente o alimento sólido é que pode matar a fome. O resto só distrai a barriga.
Não sei quando é que o caso do “ET do Panamá” será resolvido. Talvez as pesquisas só sejam concluídas quando o assunto cair no esquecimento. Mas uma coisa é fato: o Panamá, a partir de então, não será conhecido apenas pelo seu Canal (o “Canal do Panamá”): agora eles tem um “ET” próprio, que não é aquele hollywoodiano inventado por Steven Spielberg. A não ser que o bicho seja mesmo uma preguiça (para o desespero dos panamenhos e dos crentes preguiçosos).
Fico impressionado como notícias sensacionalistas “bombam” na mídia com a única finalidade de serem desmentidas logo em seguida pelos especialistas de plantão (que tal o “Detetive Virtual” do Fantástico?). Mas, nesse caso do “ET do Panamá”, algo pode ser aproveitado a guisa de ilustração. Para fins didáticos, vou considerar a hipótese dos referidos biólogos como verídica para o que pretendo abordar (ainda que depois seja comprovado que se tratava de uma espécie em extinção. Nesse caso, terei de escrever algo sobre o Evolucionismo). Suponhamos que o bicho se trata mesmo de uma preguiça (lembrem-se: é uma ilustração, e, como tal, tem as suas limitações).
Há muitos crentes hoje que se desculpam de suas “preguiças” (usarei aspas quando for metafórico) atribuindo seus insucessos a uma conspiração maligna (o “ET”, nesse caso). Para os tais, sempre que um filho de Deus fracassa em algum empreendimento é porque a mão do inimigo está por trás. Nesse caso, é necessário passar por uma “sessão de descarrego” ou algo do gênero. Conheço crente que está até hoje desempregado porque fica somente orando em casa, esperando o empregador vir chamá-lo na porta. “Eu estou só vigiando e orando, irmão. E a Palavra diz que ‘Deus não rejeita oração’. A oração do justo pode muito em seus efeitos”. O interessante é que esse mesmo crente que cita de cor Tiago 5.16 (“a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” – ARC) é incapaz de lembrar-se de Provérbios 6.6: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio”; e mais: “Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?” (Pv 6.9). ABRE PARÊNTESE. Certo dia eu conversava com um irmão sobre uma situação hipotética que me ocorreu à mente. Ei-la: Conheço um irmão que estava muito desejoso de passar em um concurso público muito concorrido. Muito fervoroso, ele me falou que ia pedir umas orientações ao “apóstolo” fulano de tal, e perguntou o que eu achava da ideia. Eu lhe sugeri que, em vez de ficar correndo atrás do “apóstolo”, que ele consultasse a esposa deste: a apostila. FECHA PARÊNTESE.
Mas isso não é uma particularidade das ovelhas, não. Já ouvi muitos pastores se desculpando de suas “preguiças” ministeriais colocando a culpa nas circunstâncias. Não deu para visitar uma ovelha enferma porque o “diabo” (o “ET”) o enfermou também; não deu para preparar um sermão expositivo para o culto dominical porque “tive que atender a umas urgências” (que, geralmente, não eram mais urgentes do que a pregação). Tudo isso se explica porque hoje a maioria dos pastores se divide entre o ministério e mais um emaranhado de atividades extras, e não dão a devida prioridade ao rebanho que Deus lhes confiou. Essa é a causa, dentre outras, da pobreza dos púlpitos e do raquitismo do rebanho. Se não há tempo para preparar um sermão, então não há nutrição para as ovelhas. Só restam ao rebanho os fast-foods espirituais: contam-se duas ou três piadinhas, mais uma ilustração, uns chavões básicos (de preferência em voz gritante), e pronto. Tudo isso em vinte minutos, no máximo (e quando dá). Aliás, o fast-food é o prato favorito dos preguiçosos: não dá trabalho, é prático e é gostoso. Confesso que, todas as vezes em que não estou com muita coragem para preparar um prato mais salutar, lanço mão de um hambúrguer, no carrinho de lanche mais próximo, para não ter o trabalho de fazer em casa. Sei que não sou o único a fazer isso (“quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra”!). Mas, em se tratando de alimento espiritual, somente o alimento sólido é que pode matar a fome. O resto só distrai a barriga.
Não sei quando é que o caso do “ET do Panamá” será resolvido. Talvez as pesquisas só sejam concluídas quando o assunto cair no esquecimento. Mas uma coisa é fato: o Panamá, a partir de então, não será conhecido apenas pelo seu Canal (o “Canal do Panamá”): agora eles tem um “ET” próprio, que não é aquele hollywoodiano inventado por Steven Spielberg. A não ser que o bicho seja mesmo uma preguiça (para o desespero dos panamenhos e dos crentes preguiçosos).
Soli Deo Gloria!!!
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